quinta-feira, 31 de maio de 2012

Alvenaria estrutural: a opção do mercado imobiliário


Por Marcelo Kaiuca

As estatísticas comprovam: o boom do mercado imobiliário, ancorado na disponibilidade crescente do crédito para financiamento habitacional, deve continuar em alta no Brasil, mesmo com o agravamento da crise econômica internacional. Com a redução da taxa Selic, os juros dos financiamentos habitacionais caíram, favorecendo os compradores de imóveis. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, reduziu os juros de 10% para 9% ao ano para imóveis de até R$ 500 mil, incluídos no Sistema Financeiro de Habitação 

(SFH) e prevê que as contratações de crédito imobiliário chegarão a R$ 90 bilhões, após os R$ 81,8 bilhões em empréstimos habitacionais tomados em 2011. Em 2002, considerado o “fundo do poço” do mercado imobiliário, foram vendidas apenas 29 mil unidades residenciais, num total de R$ 3 bilhões de crédito habitacional. 

Com a edição da Lei 10.931, em 2004, que instituiu garantias a construtoras, incorporadoras e animou investidores do mercado imobiliário, foi criado o ambiente inicial para a arrancada do setor. A somatória desses fatores promoveu a maior explosão de lançamentos imobiliários, nos mais diversos padrões, em quase todo o país e vem impulsionando o uso da alvenaria estrutural com blocos de concreto em regiões que não tinham tradição nesse sistema construtivo, no Nordeste, Norte e Centro-Oeste. 

Isto porque a alvenaria estrutural feita com blocos de concreto é o sistema construtivo ideal para a construção de médio e baixo padrão e até no padrão médio-alto, pela redução de custos e de prazos da obra, entre outras vantagens. 


Sistema imbatível 

Essa constatação é avalizada por um dos mais experientes arquitetos e profissionais da área de pré-fabricados de concreto é confirmada pelo também experimentado engenheiro e projetista estrutural Arnoldo Wendler, de Campinas-SP, e que atua em diversas regiões do país. Ele desenvolveu uma planilha, juntamente com construtoras com as quais trabalhou ao longo dos seus 30 anos de profissão, que revela a alvenaria estrutural com blocos de concreto como “praticamente imbatível” na construção de edifícios de até quinze pavimentos e com reduções entre 5% e 10% em edifícios acima de desse gabarito, comparada à construção convencional (veja tabela). De acordo com o engenheiro e projetista estrutura, “edificações construídas com alvenaria estrutural de blocos de concreto exigem, porém, uma boa coordenação arquitetura-estrutura e projetos de instalações para serem bem-sucedidas e aproveitar ao máximo todas as vantagens do sistema construtivo”, adverte Wendler. 

Essa redução de custos com o uso da alvenaria estrutural com blocos de concreto, explica o projetista, deve-se ao fato de que os prazos são menores, não há necessidade de profissionais de custo mais elevado, como carpinteiros e armadores – para montar fôrmas e armaduras, no caso da construção convencional em concreto – e o acabamento também ganha economia, com a dispensa de reboco e emboço. Wendler ensina que, para isso, é necessário ter mão d obra bem preparada – “algo que se consegue com 15 dias de treinamento” – e equipamentos racionalizadores na obra. Nos edifícios mais altos, esses equipamentos fornecem, além de racionalização e precisão, maior segurança para os operários, afirmam projetistas e construtores. 

As vantagens da alvenaria estrutural com blocos de concreto estão sendo cada vez mais levadas em conta por incorporadores e construtores devido às exigências de competitividade num mercado aquecido. E, principalmente, nos empreendimentos voltados para programas habitacionais, como o Minha Casa, Vida e outros, desenvolvidos por governos estaduais e prefeituras, cujas margens de rentabilidade são bastante estreitas e, assim, exigem sistemas construtivos altamente econômicos, que envolvem muito menos mão de obra especializada, em falta no mercado atualmente, para não perder rentabilidade. Quem não aproveitar os ganhos proporcionados por esse sistema construtivo, certamente pode perder mercado para concorrentes antenados com as práticas mais racionalizadoras e de melhor custo-benefício existentes no país.. 

Marcelo Kaiuca é presidente da BlocoBrasil-Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto 

REDUÇÃO DE CUSTOS 

1. Materiais 

Redução de armaduras 

(Andar tipo = 320 m² ) 

Concreto armado: 5.933 kg 

Alvenaria estrutural: 1.432 kg 

Grande redução de fôrmas: 

Convencional – só painel de laje 

Laje içada – quase 100 % 


Revestimentos mais econômicos: 

5 cm a 6 mm de gesso interno 

2 cm a 2,5 cm de massa externa 


2. Processo 

- Rapidez na execução da obra 

- Limpeza e racionalização de canteiro 

- Grande redução de desperdício e resíduos (23% para 6%) 


3. Manutenção 

- Redução do retrabalho e manutenção pós-obra (redução do custo pós-obra em 

50%) 

- Eliminação das patologias sistemáticas (não há interface de sistemas) 


Economias por tipo de obra 

Quatro pavimentos 

25% a 30% 

Sete pavimentos sem pilotis, com alvenaria não-armada 

20% a 25% 

Sete pavimentos com pilotis, com alvenaria armada 

15% a 20% 

Sete pavimentos com pilotis 

12% a 20% 

Doze pavimentos sem pilotis 

10% a 15% 

Doze pavimentos com pilotis, térreo e subsolo em concreto armado 

8% a 12% 

Dezoito pavimentos com pilotis, térreo e concreto armado 

4% a 6% 

Fonte: Engenheiro Arnoldo Wendler 

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Casa Cor estreia em 2012 com aplicativo inédito que proporciona visita guiada



Pela primeira vez uma mostra de decoração terá um aplicativo que simula uma visita guiada pelos ambientes com os próprios arquitetos.

O maior evento de decoração do país começou ontem 29 de maio e a tecnologia está nas mãos do público. Isso se deve a um aplicativo idealizado pela publicitária Lucila Zahran Turqueto, editora do Casa de Valentina e desenvolvido pela BR Mobile, que vai proporcionar uma maior interação do público com os mais de 90 ambientes da mostra. 

Exclusivo para iPhone e iPad, poderá ser baixado gratuitamente na Apple Store. Seu conteúdo proporcionará uma verdadeira visita guiada, na qual os próprios arquitetos apresentarão seus trabalhos aos visitantes. 

A VCA Filmes já gravou 90 vídeos com os profissionais que participam do evento. A ideia é que as pessoas que baixarem o aplicativo assistam um vídeo com os profissionais contando um pouco sobre o conceito do espaço, vejam o antes e depois do ambiente e tenham a possibilidade de conhecer outros projetos realizados pelos arquitetos e decoradores, tendo assim, um panorama maior do trabalho daquele profissional. 

“Com o aplicativo buscamos tornar muito mais fácil ao visitante da Casa Cor a missão de encontrar um arquiteto com o qual se identifique ou simplesmente mais agradável seu passeio pela mostra”, destaca Lucila.

6F Decorações lança a segunda edição da Update


A 6F Decorações, importadora de móveis e objetos de decoração de luxo, lança a segunda edição da Update. A revista é uma publicação da empresa com o intuito de reproduzir as peças e os móveis para lojistas e parceiros do setor de decoração.

Com tiragem de três mil exemplares, a Update também apresenta coleções criadas por designers exclusivamente para a importadora, muitas delas confeccionadas artesanalmente. Marcelo Felmanas, à frente da 6F Decorações, visita os principais polos internacionais de design para estreitar relações, firmar contratos com grandes atacadistas e a Update vem para otimizar a apresentação dos produtos.




6F Decorações
Showroom – Rua Gonzaga, 60 Cotia, SP.
(11) 4612-3600

Claudio Conz, presidente da Anamaco, abre tarde de palestras gratuitas voltadas ao varejo de materiais de construção


O considerável crescimento nas vendas no varejo de materiais de construção  impulsiona o mercado e dribla a crise financeira mundial. Segundo pesquisas divulgadas pela Anamaco - Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção, 2012 será um ano positivo para o setor, pois deverá fechar com um crescimento de 7,5% sobre 2011. As vendas cresceram 4,5% em 2011 comparado com 2010, e o setor atingiu o recorde de R$ 52 bilhões. 

Esses e outros dados serão apresentados na palestra gratuita “Varejo de materiais de construção: perspectivas de negócios e crescimento do mercado”, a ser ministrada pelo presidente da entidade, Cláudio Conz. O tema abre o programa da Tarde dos Revendedores e Distribuidores de Materiais de Construção, que integra o TeCobI Summit, programa de conferências da TeCobI 

Expo - feira internacional de telhados, coberturas e impermeabilização. O programa será no último dia do evento, que acontece de 18 a 20 de junho, no Pavilhão Amarelo, do Expo Center Norte, São Paulo. 

Na sequência do programa, o consultor da Boucinhas & Campos, Guilherme Silva, falará sobre “O impacto da gestão de estoque no saldo das empresas”. 

Conhecedor das principais ferramentas e rotinas em Prevenção de Perdas, Silva tem buscado especialização constante no assunto afim de propor soluções ao varejo. Depois, a programação abre espaço para um estudo de caso que promete dar importantes dicas para quem atua no segmento. Na ocasião, o 

Alexandre Arruk, da Telha Norte, irá abordar “A experiência da Saint-Gobain Distribuição Brasil no mercado profissional – histórico da bandeira Pro-Telhanorte”. 

Para encerrar o ciclo de palestras, a advogada, engenheira e consultora em “saúde corporativa”, Sheila Abud (Acomac SP / Adimaco) abordará a questão: “Você empresário investe o seu dinheiro para o futuro de sua família?”. Mais do que questionar, a palestra fornecerá dicas importantes para os profissionais do setor. 

O mercado - De acordo com Cláudio Conz, presidente da Anamaco, há fatores que tendem a manter a tendência de aquecimento do mercado. Os exemplos são os programas PAC - Plano de Aceleração do Crescimento, e Minha Casa Minha 

Vida (1 e 2), além das obras para a Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016. 
A regulamentação federal da linha de crédito para a compra de materiais de construção, com recursos do FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, também é um dos fatores positivos para o segmento e que garante ao País melhores condições de investimento em construção civil. 



Inicialmente, foram disponibilizados R$ 300 milhões na linha de crédito. Porém, se houver crescimento da demanda, a oferta será ampliada para R$ 1 bilhão. De acordo com as regras, o crédito será de até R$ 20 mil por pessoa, para pagamento em até 120 meses. O crédito será útil para construções e reformas de residências. Todos os bancos podem operar com esta linha de crédito, e os juros cobrados serão de até 12% ao ano. 

“Por todas essas razões a demanda por materiais de construção, sobretudo os mais sustentáveis, deverá continuar crescendo”, explica o engenheiro Guilherme Ramos, diretor da TeCobi Expo, que acrescenta. “Os produtos e as informações que construtores, compradores, especificadores precisam para tomar a melhor decisão na hora de escolher soluções para os todos das construções ou para impermeabilização estarão disponíveis no evento", afirma. 

  Serviço 
TeCobI Expo 2012 - Feira Internacional de Telhados, Coberturas e Impermeabilização - 1ª edição 

Data: 18 a 20 de junho de 2012 

Horário de exposição: 13h – 20h 

Horário do congresso: 09h – 18h 

Local: Expo Center Norte – Pavilhão Amarelo 

Endereço: Rua Otto Baumgart, 1.000 / Rua Galatéa -Vila Guilherme – São Paulo/SP 

Mais informações: www.tecobiexpo.com.br

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Mercado Imobiliário de São Paulo só vai se valorizar


Luiz Augusto Pereira de Almeida*

A toda hora surge a pergunta: os preços dos imóveis em São Paulo irão cair? É melhor comprar agora ou esperar um pouco? Sempre é difícil predizer o futuro, mas, nesse caso, os indicadores estão todos apostando para a continuidade da alta.

São Paulo é uma cidade que a todos encanta. Centro pulsante da América Latina, ela é dinâmica, atraente, forte e envolvente. Concentra inteligência, criatividade, tecnologia, inovação, empreendedorismo e, porque não, sensibilidade e espiritualidade. Dados da prefeitura indicam que a projeção populacional para a capital é de 12,250 milhões de pessoas para 2030. É como se, daqui até lá, crescêssemos uma cidade de Itatiba ou Caraguatatuba por ano. Para absorver um aumento desse porte, é necessária uma oferta contínua de habitação.

Dados do Secovi - O Sindicato da Habitação indicam um forte crescimento de unidades vendidas nesta última década ( pico de 35,8 mil unidades em 2010), mas ainda distante do quadro ideal. E, como sabemos, o preço de qualquer produto é identificado pela combinação daoferta e procura. Se temos mais oferta, o preço cai e, o contrário é verdadeiro. Vale dizer que, se a oferta é escassa, os preços sobem, e parece que a oferta para os próximos anos, devido a alguns fatores, será menor ou semelhante à dos anos anteriores.

Falta de terrenos: São Paulo optou em seu plano diretor por restringir a ocupação dos terrenos. Já chegamos a construir o equivalente a 22 vezes o tamanho do terreno ( Edifício Martinelli) e hoje esse múltiplo não passa de uma ou duas vezes. Quem quiser construir mais, tem depagar licença para a prefeitura. Ou seja, nunca teremos verdadeiros arranhacéus em nossa cidade, acomodando milhares de pessoas, como ocorre em centros urbanos como Nova York, Dubai e Miami. Se para cima não pode, só nos resta crescer para os lados, através do espalhamento. Portanto, sempre haverá o efeito borda, ou seja, o centro mais caro e a borda mais barata.

Processo de aprovação: um projeto de um empreendimento residencial na cidade de São Paulo, dependendo de seu porte e localização, pode levar anos para receber um alvará de obra, prazo incompatível com o dinamismo da cidade.

Restrições ambientais e compensações urbanas: a euforia e os debates que temos visto no Brasil sobre o meio ambiente devem nos levar, em breve, a um impasse. Na recente aprovação do Código Florestal, nenhuma distinção foi feita entre meio ambiente urbano e rural. Ou seja, uma mesma lei deverá ser aplicada no campo e na cidade, quando os dois ambientes são totalmente distintos e demandam soluções amplamente diferentes. Com mais restrições no uso e ocupação do solo, os custos serão, certamente, maiores.

Custo da Construção: com o crescimento da indústria da construção civil, temos visto nos últimos anos uma forte pressão sobre a capacidade de produção dos fornecedores de materiais de construção,forçando um generalizado aumento de preços.

Custo da Mão de Obra - com o aumento de lançamentos, bem como da construção em geral no Brasil (vide estádios, ginásios e infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016), a mão de obra tornou-se um bem escasso e com isso os salários dispararam.

Aumento de renda revertido para imóveis - a economia brasileira vem crescendo e a ascensão das classes C e D impulsionou de uma forma geral a renda da população. E parte deste excedente foi e está sendo canalizado para o setor imobiliário, seja para a primeira moradia, seja para especulação.

Diminuição das taxas de juros - a força tarefa do governo em prol da redução das taxas de juros ( 19% em 2005, para 9,75% em 2010 e, agora, em 8%) levará investidores e poupadores a transferirem seus recursos para algomais rentável. O mercado imobiliário, com certeza, será uma forte opção.

Aumento de Crédito - nos últimos anos, o aumento de crédito foi expressivo. De R$ 10,4 bilhões (poupança mais o FGTS) em 2005 para R$ 84,1 bilhões em 2010. Financiamentos de até 30 anos foram estabelecidos, facilitando a compra do imóvel. A expectativa do mercado é de que a relação crédito/PIB cresça dos atuais 3% para 10% nos próximo anos.

Menor número de lançamentos nos próximos anos - As construtoras/incorporadoras lançaram inúmeros empreendimentos e, atualmente, estão sofrendo nos prazos de entrega, face aos desencontros de mão de obra, ou mesmo de materiais de construção. Assim, haverá um prazo para arrumar a casa, escasseando a oferta.

Psicológico coletivo -você já vendeu um imóvel e com odinheiro tentou comprar outro igual? Provavelmente, não conseguiu. O medo devender barato faz com que os preços estejam sempre subindo.

Devido a todas as razões aqui analisadas, salvo se houver um grande colapso econômico mundial ou alguma interferência governamental, dificilmente os preços dos imóveis cairão nos próximos anos na cidade de São Paulo. Por analogia, o mesmo deve ocorrer emtodo o Brasil.

*Luiz Augusto Pereira de Almeida é diretor da Fiabci/Brasil e diretor de marketing da Sobloco Construtora S.A.

sábado, 26 de maio de 2012

Selo é lançado para incentivar uso de energia solar

Empresas que possuem em seu mix energético a participação comprovada de eletricidade fotovoltaica poderão ostentar a certificação, que promete estimular projetos solares no Brasil ao oferecer reconhecimento a quem investe nesta fonte limpa. 


A contribuição da energia fotovoltaica na matriz energética brasileira é atualmente insignificante, não chegando a atingir 1%. É para tentar mudar essa situação e aproveitar todo o potencial do Brasil para esse tipo de geração que foi lançado durante o Seminário Energia + Mais Limpa, o Selo Solar, uma certificação que visa reconhecer as empresas que investem em eletricidade fotovoltaica. 

Fruto de uma parceria entre a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) com o Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal) e com o apoio da Agência de Cooperação e Desenvolvimento da Alemanha (GIZ), o selo identificará as companhias que possuírem em seu mix energético uma certa porcentagem de energia solar. 

“Estamos assistindo ao nascimento da onda solar no Brasil. Assim como vimos no passado recente um grande boom eólico, acredito que nos próximos anos vamos ficar muito surpresos com o crescimento da utilização da energia fotovoltaica”, afirmou Alexandre Zucarato, gerente de inteligência de mercado da CCEE, citando ainda a recente aprovação pela ANEEL de regras para geração em unidades consumidoras. Podem conseguir o selo consumidores livres ou autoprodutores de energia que cumpram requisitos que incluem: documentação que comprove a compra de eletricidade fotovoltaica, como contratos registrados na CCEE, e o compromisso de manter esse acordo por pelo menos cinco anos.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Construção civil reformula produtos para elevar ecoeficiência


No ano em que diversos países se reunirão, na Rio+20, para discutir a “Economia Verde”, o mercado brasileiro de construção civil mostra que essa não é uma preocupação nova. Com crescimento estimado em 5,2% pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo), o setor vem investindo em produtos com novas composições para garantir um desenvolvimento mais sustentável e atender a uma demanda crescente por produtos com diferenciais ambientais.

A tecnologia tem sido uma forte aliada no lançamento de produtos que buscam preservar os recursos naturais e ao mesmo tempo trazer mais agilidade e qualidade para as construções. Neste cenário, o plástico se apresenta como uma fonte de soluções para o setor.

“A construção civil é uma área de importância estratégica para o desenvolvimento do País e que se mostra em constante desenvolvimento desde o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento, Programa Minha Casa Minha Vida e com a vinda da Copa do Mundo e das Olimpíadas para o Brasil. Para apoiar esse crescimento, apostamos na expansão de nosso negócio e no consequente aumento do fornecimento de matéria-prima”, afirma Marcelo Cerqueira, vice-presidente da Unidade de Vinílicos da Braskem.

Menos entulho

O PVC, já muito usado na construção para a produção de tubos e conexões, começou a ganhar aplicações diferentes. Em novembro do ano passado, Global Housing, DuPont e Braskem firmaram parceria inédita para lançar no mercado brasileiro um novo conceito para construção residencial e comercial usando como base o PVC. Apresentada como ‘Casa de Concreto PVC’, a tecnologia representa uma forma inovadora e rápida para construir, em escala industrial, diferentes tipos de edificações. O sistema proporciona a redução em perdas por entulho e desperdício de materiais, como a madeira, muito utilizada na construção civil. Economia no consumo de água e energia na obra e elevado ganho de produtividade são também vantagens do produto.

Outros fatores que se destacam neste sistema são a rapidez na construção, sendo possível erguer uma casa com acabamento completo em até uma semana (pelos métodos tradicionais é necessário um período de 90 dias), durabilidade, facilidade de limpeza e conservação e baixa manutenção.

Alternativa

As telhas também estão sendo produzidas com o PVC. Além dos diferenciais técnicos, inerentes à resina, como resistência a agentes químicos, leveza e durabilidade, as telhas de PVC se mantêm estáveis às tempestades, granizos e outras intempéries. Frente às variações de temperatura, sua estabilidade estrutural e de cor são superiores às telhas convencionais. Além disso, o produto é ambientalmente correto, já que o PVC é totalmente reciclável e pode ser uma alternativa mais ecoeficiente em relação a outros materiais.

Origem renovável

O mundialmente reconhecido plástico verde, polietileno produzido pela Braskem a partir do etanol de cana-de-açúcar, também fez sua estreia no mercado da construção neste ano. O produto está sendo utilizado pela Tigre na fabricação da nova linha de grelhas, que passa a ser chamada de Grelha Ecológica Tigre. A resina também é utilizada desde novembro de 2011 nos cabos elétricos Afumex Green. Produzidos pela Prysmian, são os primeiros cabos ecológicos do mundo.

O plástico verde tem como principais características ser de fonte renovável e absorver CO2 da atmosfera - gás causador do efeito estufa - durante o seu processo produtivo. Para cada tonelada do plástico produzida, até 2,5 toneladas de CO2 são retirados da atmosfera.

Saneamento

O plástico também está sendo usado para conferir mais agilidade e qualidade em obras de saneamento pelo Brasil. Os poços de visita, conhecidos tradicionalmente como bueiros, feitos de polietileno, estão sendo produzidos com tecnologia moderna, tornando as tarefas de instalação e manutenção mais simples, econômicas e ecologicamente corretas. Uma das características dos poços de visita de polietileno linear é a durabilidade, já que possuem excelente resistência a quebra sobre pressão e resistência de impacto. Com isso, estão menos sujeitos a fissuras e orifícios que levam ao vazamento, evitando contaminações do solo.

“Nosso portfólio de produtos lançados nos últimos anos demonstra o trabalho incansável de nosso Centro de Tecnologia e Inovação para se manter à frente das tendências do mercado e encontrar soluções inteligentes e sustentáveis para contribuir com os desafios dos nossos clientes”, disse Luciano Guidolin, vice-presidente da Unidade de Poliolefinas da Braskem.

A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 35 plantas industriais distribuídas pelo Brasil, Estados Unidos e Alemanha, a empresa produz anualmente mais de 16 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos. Com a inauguração de sua fábrica de polietileno derivado de etanol de cana-de-açúcar, com capacidade anual de 200 mil toneladas, tornou-se a maior produtora de biopolímeros do mundo.